Justiça Federal aceita denúncia contra Antônio Parambu e familiares
O ex-prefeito, a esposa e diversas pessoas envolvidas no esquema de desvio de dinheiro foram presas em outubro de 2017. Agora todos vão responder ação penal.
A juíza Federal Vládia Maria de Pontes Amorim, substituta da 3ª Vara da Seção Judiciária do Piauí, recebeu denúncia contra o ex-prefeito de Prata do Piauí, Antônio Gomes de Sousa, conhecido como Antônio Parambu, sua esposa Mirly Machado e mais 16 pessoas por esquema de desvios de dinheiro da Educação. A decisão é do dia 14 de dezembro.
Antônio Parambu, a esposa e mais oito pessoas foram presas pela Polícia Federal em outubro de 2017. Elas são acusadas de criar empresas de fachadas para desviar recursos do precatório judicial do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que deveriam ser destinados ao município para ser investido na educação.
De acordo com a Polícia Federal, durante a investigação ficou constatado que o recurso era transferido de forma suspeita da conta da Fundeb na Caixa Econômica a uma conta do Bradesco, para serem realizadas várias transações para empresas de fachada, como empresas de construção, um posto de combustíveis, uma pousada e uma farmácia, e também uma empresa fantasma.
Os gestores denunciados pelo Ministério Público Federal foram: Antônio Parambu, responsável pelas assinaturas dos contratos e pelos pagamentos; Ricardo Matos da Cruz, enquanto secretário municipal de finanças que teria fraudado os contratos; Emanuela Machado Araújo e Romário Lopes dos Reis componentes da comissão permanente de licitação do município, que teria fraudado os contratos.
Além desses, participavam do esquema os familiares do ex-prefeito. Foram acusados: Mirly Machado Araújo, a esposa de Antônio Parambu, era responsável por gerir as empresas abertas em nome dos "laranjas" do seu marido, para fins de lavagem do dinheiro; Antônia Elane Gomes de Oliveira, Francisco Batista de Oliveira, José Batista de Oliveira, irmãos do ex-prefeito, funcionavam como "laranjas" das empresas.