Delegacia do PI prepara cartilha para alertar sobre perigos do jogo 'Baleia Azul'
O jogo virtual instiga a prática do suicídio entre jovens. Em Junho, um seminário envolvendo entidades públicas e privadas vai abordar o tema.
A delegacia Especializada na Repressão a Crimes de Alta Tecnologia (Dercat) no Piauí, está preparando uma cartilha digital para alertar os jovens sobre os perigos do jogo da "Baleia Azul". A compilação de informações em modelo gráfico e literário também vai ajudar a identificar comportamentos incomuns para ajudar possíveis jogadores. Até o momento, não foram registrados casos relacionados ao jogo no Piauí, mas a prevenção é um dos motivos pelos quais diversas instituições públicas e privadas têm procurado combater a prática do suicídio no estado.
O jogo da ‘Baleia Azul’ está causando tensão nas redes sociais, escolas e famílias nos últimos dias. A causa da preocupação de pais, professores e alunos é o desfecho da “brincadeira” fatal, já que ao final de 50 desafios determinados pelo jogo, o jogador é induzido a cometer suicídio, sob ameaças de administradores anônimos em grupos virtuais secretos.
O delegado Daniel Pires explicou ao G1 que é comum serem feitas cartilhas em situações como esta, onde há muita repercussão do assunto. ”Creio que até a próxima semana já tenhamos esse material pronto", falou o delegado. A cartilha será disponibilizada em formato digital (PDF) no site da Polícia Civil, com opção de compartilhamento nas redes sociais.
De acordo com a Secretaria da Educação do Piauí (Seduc), há algum tempo vêm sendo realizadas palestras em diversas escolas devido ao índice de suicídios no estado. Embora ainda não existam registros de casos do jogo no Piauí, vai ser intensificado o aconselhamento a alunos, pais e professores no intuito de prevenir ocorrências no meio escolar.
A Seduc dispõe ainda do Núcleo de Atenção Psicossocial (NUAPSI), que atende a nível estadual e desenvolve temas como bullying, suicídio e drogas, entre outros.
Escolas engajadas
Nas escolas de ensino particular do estado, também há incentivo para a discussão do tema. O professor Paulo Machado, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Piauí (Sinepe-PI), disse que o sindicato encoraja cada escola a tratar este assunto com os alunos e faz uma recomendação aos pais.