Talento: Monise Borges, da música o caminho a seguir na arte!
Artista picoense que começou no rock até encontrar caminhos em vertentes diferentes, sempre dando destaque ao que embala sua ancestralidade.
Monise de Araújo Borges nasceu em 26 de julho de 1989. Como boa leonina que é, a moça logo enveredou para a arte. Natural de Picos, sul do Piauí, a cantora tem um trabalho interessante na música, mostrando um lado doce através de uma voz inesquecível.
Monise Borges coleciona um currículo extenso, que inclui licenciatura em Música pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e vários cursos importantes, inclusive em outros países da América Latina. A paixão pela ancestralidade indígena também está na bagagem e no DNA da moça.
A artista estudou canto livre e popular no Conservatório Souza Lima/Berklee, em São Paulo, além de intercâmbio na Facultad de Artes da Universidad de Antioquia, na Colômbia, com direito a residência artística na Universidad de Costa Rica em San José.
Além do currículo relevante, a moça também é professora. Ela já atuou como substituta da Universidade Federal do Maranhão ensinando Linguagens e Códigos da Música entre 2017 a 2019. Atualmente, Monise dá aula de música na Escola Estadual Professor José Gomes Campos, no curso técnico em instrumento musical, e em uma escola privada de Teresina.
Com muitos sonhos e experiências na área musical, Monise é uma promessa da música piauiense que já acontece com maestria nas plataformas de música. Nas redes sociais ela coleciona admiradores, encantados pela voz da compositora.
JMN: A música sempre foi algo presente em sua vida?
Monise Borges: Sim, meus pais contam que com dois aninhos eu já cantarolava no colo deles quando estávamos nas missas. Na escola eu sempre participava dos eventos cantando ou criando paródias para as gincanas, por exemplo.
JMN: Com que idade pensou em ser cantora?
MB: Eu comecei a sonhar em ser cantora acompanhando a trajetória de Sandy & Júnior. Então foi muito cedo. E comecei a cantar na noite com apenas 10 anos de idade.
JMN: Quais seus planos futuros para a carreira na música?
MB: Estou em processo de pesquisa para a composição de um novo álbum. Além disso, penso muito sobre a possibilidade de voltar a fazer shows quando eu me sentir segura e pronta pra isso. Penso que 2022 será um ótimo ano. Eu estive imersa na pesquisa e prática docente por muitos anos e diminuí a rotina de shows, o projeto para o próximo ano é retomar a agenda e focar no próximo álbum.
MN: A ancestralidade é algo presente nas suas músicas?
MB: Sim e ultimamente tem sido muito mais presente pelo fato de eu estar em retomada da minha ancestralidade indígena. Falar das origens, se conhecer e falar sobre, ou não falar, trazer isso em forma de música é algo íntimo, exige autoconhecimento e acaba possibilitando uma conexão com as pessoas que também estão nesse processo e talvez até leve aquelas pessoas que não pensaram nisso ainda a fazerem uma reflexão.
JMN: Você já lançou álbuns, EPs e singles. Qual formato você mais gostou de fazer?
MB: Não há um formato que eu goste mais, eu gosto muito de fazer música. A história que ela conta é que define o formato do trabalho. Se uma música só, um single, não é suficiente pra passar a mensagem, aí vem um EP ou um álbum.
JMN: Como você definiria sua música?
MB: A minha música é uma mistura, assim como tudo que é brasileiro. Ela fala de lugar, fala de ancestralidade, do cotidiano, de amor, de tudo que mexe comigo. E o melhor de tudo é poder falar sobre esses temas utilizando ritmos diversos, mesclando e experimentando.
JMN: Você teve uma banda de rock em Picos. Como foi a experiência?
MB: Foi incrível porque foi quando comecei a transformar as minhas poesias em música. A banda era autoral e foi uma experiência maravilhosa porque tínhamos um enorme apoio do público e era bem especial receber tanto carinho e poder tocar e ouvir tantas pessoas cantando junto as nossas canções.