Polícia indicia 14 por queda de ciclovia no Rio de Janeiro
Os acusados estão sendo julgados por homicídios culposos, quando não há a intenção de matar.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou 14 pessoas responsáveis pelas mortes de Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos, na queda de um trecho da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em 21 de abril. Os acusados estão sendo julgados por homicídios culposos, quando não há a intenção de matar.
Entre os 14 acusados 7 são da Fundação Instituto de Geotécnica (Geo Rio), órgão da Secretaria Municipal de Obras responsável pela fiscalização da ciclovia, segundo informações do inquérito. Outros 4 são funcionários do Consórcio
Concremat/Concrejato, que realizou a obra. Dois são funcionários da Engemolde, empresa contratada pelo consórcio para fornecer peças pré-fabricadas para a obra, e por fim, um técnico da Subsecretaria Municipal de Defesa Civil, indiciado pela falta de um plano para interdição da ciclovia em caso de ressaca marítima.
De acordo com a Veja, durante o inquérito a Polícia Civil ouviu 27 pessoas, entre testemunhas, usuários da ciclovia e responsáveis pela obra. Ainda segundo a Polícia Civil houve negligência dos indiciados porque eles não previram que as ondas pudessem produzir jatos e atingir a ciclovia. "Se o projeto fosse executado levando em consideração a previsibilidade de ondas dessa magnitude, a morte de duas pessoas não teria ocorrido", finaliza a polícia.