Reportagem Especial: Chuva no mês de fevereiro anima pequenos produtores de Valença, no Sertão do PI
A expectativa dos agricultores é que o período chuvoso na região permaneça.
De acordo com o Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (IMEPI), Valença é um dos municípios do sertão piauiense onde mais choveu no mês fevereiro. A ajuda vinda do céu animou os pequenos produtores da região.
Com a terra molhada, o agricultor Adelmo Alves de Santana acompanha com alegria o crescimento dos pés de feijão, plantado em dezembro do ano passado.
“Eu estou me sentindo muito feliz, por causa que deu essa chuvinha, porque eu estava muito triste esses dias pra trás. Quando eu cheguei na roça e vi a roça toda molhadinha, eu disse: Graças a Deus, agora nós temos uma roça que vai ter um futuro pela frente”, comemora Adelmo, lembrando que os feijões colhidos serão utilizados no sustento da família.
A plantação de Adelmo fica na Fazenda Olho D’água, na zona rural do município. Lá, em apenas um dia, choveu cerca de 30 milímetros. Assim como ele, outros produtores da região temiam perder tudo aquilo que haviam plantando em dezembro.
“O agricultor quando vê a chuva cair, ele quer aproveitar. Plantamos [em dezembro], mas teve esse intervalo e só veio chover de fato agora na metade de fevereiro. Estamos aí na expectativa pra que dê certo”, afirma o produtor José Gilvan da Silva.
Na mesma época que plantaram o feijão, os produtores também apostaram no cultivo do milho. No entanto, com a estiagem em janeiro, os milhos foram perdidos. Como atuam em uma área de sequeiro, onde não há o auxílio da irrigação, a chuva torna-se essencial para manter as plantas vivas.
A expectativa dos agricultores é que o período chuvoso na região permaneça. Se isso acontecer, os pés de feijão podem produzir até julho. Em caso de nova estiagem, tudo pode ser pedido. “Ele [feijão] agüenta mais um mês. Se nesse tempo der mais uma chuvinha, que é o tempo que ele está floreando, a carga está segura. Estamos pedindo a Deus que continue assim”, diz Adelmo
“Esperamos que dê mais chuva pra ver se vai vingar. É um momento de muita necessidade de chuva”, completa José Gilvan.