Advogado de Valença Luís Francivando tentará vaga na Assembleia Legislativa
Pré-candidato a deputado estadual critica prátia dos políticos tradicionais e defende gente nova pra fazer assepsia na política.
O advogado Luis Francivando Rosa, do Psol, vai tentar conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Piauí nas eleições deste ano. Natural da cidade de Valença, a 210 km de Teresina, ele espera poder recuperar a representação da região no parlamento estadual. A cidade que já teve governadores do Piauí e diversos outros políticos importantes, atualmente não possui ninguém com mandato a nível de estado, mesmo tendo 15 municípios em sua microrregião.
Em entrevista ao Política Dinâmica, ele defende a entrada de pessoas novas na política para se fazer uma "assepsia" no segmento que ele avalia estar contaminado com velhas práticas. Advogado militante, Francivando Rosa é autor de ações judiciais que visam combater práticas de corrupção e ilícitos eleitorais. Foi ele um dos autores da ação eleitoral que resultou na inédita cassação de uma coligação inteira no município de Valença por suposta fraude na cota feminina.
"O que me motiva a disputar esse mandato é ver essa máfia que existe hoje na política estadual e nacional e que precisamos enfrentar. Nós não vemos políticos comprometidos com o que eles pregam. A gente vê simplesmente políticos que se aproveitam da fragilidade do povo para utilizar de mecanismos financeiros e midiáticos e chegar ao voto popular. Diante desse cenário que eu considero absurdo, o que prego é que pessoas novas entrem na política para a gente fazer uma assepsia nesse ambiente que está tão contaminado por essas velhas práticas", afirmou.
O pré-candidato ressalta que se conseguir chegar à Assembleia será um deputado estadual para representar todo o Estado, mas destaca um foco maior para a região de Valença. "As pessoas [daquela área] vêm fechamento do Senac, um hospital regional que atende uma população de cerca de 100 mil pessoas ainda não possuir uma UTI. Então isso nos indigna e nos motiva a ser essa voz, a sair com a pretensão de representar esta grande região. Nossa campanha é em todo o Estado, mas o carro chefe é a grande região de Valença", explicou.
Luis Francivando Rosa falou sobre a pouca estrutura que dispõe para concorrer ao cargo em uma sigla como o Psol, mas destaca que o partido tem compromisso em apoiar e incentivas sua pré-candidatura, apesar das limitações. Ele lembra que o Psol terá uma verba do fundo especial de campanha aquém do valor que outras siglas consideradas grandes vão receber, mas destaca que não vai faltar dedicação e esforço tanto dele quanto do partido.
"O Psol vai ter uma verba destinado do fundo especial de campanha, mas que não é a verba que a gente entende como justa diante dos demais partidos, porque a distribuição utiliza o critério de representativa na Câmara Federal e essa representatividade se deu de forma viciada, porque foram pessoas que chegaram lá, a maioria, se utilizando da máquina pública. Infelizmente é isso que temos visto. Mas o Psol, mesmo sendo um partido pequeno, dá total incentivo", falou.
"O que me motiva a disputar esse mandato é ver essa máfia que existe hoje na política estadual e nacional e que precisamos enfrentar. Nós não vemos políticos comprometidos com o que eles pregam. A gente vê simplesmente políticos que se aproveitam da fragilidade do povo para utilizar de mecanismos financeiros e midiáticos e chegar ao voto popular. Diante desse cenário que eu considero absurdo, o que prego é que pessoas novas entrem na política para a gente fazer uma assepsia nesse ambiente que está tão contaminado por essas velhas práticas", afirmou.
CRÍTICAS AO MODELO DE WELLINGTON DIAS
Francivando Rosa faz críticas ao atual modelo de gestão do governador Wellington Dias (PT) e diz que em sua atuação como advogado militante tem atuado como contestador de algumas práticas do governo petista. "Nossa pré-campanha já é de contestação e nossa militância também já é no sentido de lutar contra essas práticas, inclusive com ações que a gente ingressou enquanto advogado do Psol. Entramos com ações importantíssimas como a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) da subconcessão da Agespisa e representamos inclusive desembargadores que nós entendemos que não estavam cumprindo com seu papel", relembrou.
Ele criticou o fato de Wellington Dias se coligar com qualquer figura, sem se importar com a coerência partidária. "Nós entendemos que essa prática é perniciosa, um atraso para o nosso estado. O fato de nós termos um governador que não tem uma coerência mínima partidária, onde lá tudo é possível e qualquer composição, qualquer arranjo é possível desde que atenda a interesses pessoais é prejudicial. Essa forma de se fazer política nos abominamos", sentenciou.
O advogado afirma que se conseguir chegar ao parlamento estadual, adotará postura diferente da maioria dos atuais deputados. Luis Francivando Rosa apoia a pré-candidata professora Sueli Rodrigues (Psol) para o governo do estado, no ex-deputado federal Jesus Rodrigues (Psol) para o Senado e no professor Maklandel Aquino para deputado federal. "Essa prática de andar alocando cargos, em busca de apoio, o Psol não faz. O Psol busca essa coerência que a gente ver que está faltando. O que a gente pensa e o que a gente sonha é aliado ao que a gente pratica", finalizou o pré-candidato.