Eduardo Cunha renuncia à Presidência da Câmara
Em reunião na noite da quarta-feira (6), Eduardo Cunha decidiu deixar o cargo em definitivo.
Na tarde desta quinta-feira (7), o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou à presidência da Câmara dos Deputados. Ele anunciou a decisão em uma coletiva de imprensa, durante a qual chorou.
"Estou pagando um alto preço por ter dado início ao imepachment. Não tenho dúvida que a principal causa do meu afastamento reside na condução desse processo de impeachment. Tanto é que o pedido de afastamento foi protocolado pelo procurador-geral da República logo após minha decisão de abertura do processo. Só foi apreciado em 5 de maio, numa decisão sem qualquer previsão constitucional", disse Cunha.
Cunha ainda disse que vai continuar defendendo sua inocência e acusou a Procuradoria-Geral da República de agir com seletividade abrindo inquéritos e apresentando denúncias com o intuito de desgastá-lo como presidente da Câmara.
De acordo com a Folha de São Paulo, Cunha quer um acordo dos líderes para que a eleição da Câmara seja antecipada para o início da próxima semana. O nome preferido por Cunha para ocupar o cargo tampão é do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), porém, mais 12 candidatos disputam o pleito.
Em reunião na noite da quarta-feira (6), Cunha decidiu deixar o cargo em definitivo, após a divulgação do voto de Ronaldo Fonseca (Pros-DF) na Comissão de Constituição e Justiça, que acatou apenas um dos 16 questionamentos de Cunha à tramitação de seu processo no Conselho de Ética, que recomendou a cassação de seu mandato.
Cunha acredita que com a sua renúncia à Presidência da Câmara, ele possa tentar reverter votos na CCJ para fazer o caso voltar ao Conselho de Ética e, quem sabe, salvar seu mandato.